Descoberta em 1983 na Austrália, a bactéria chamada Helicobacter pylori contamina o estômago. Pesquisadores demonstraram que o microorganismo infecta a mucosa gástrica de quase todos os pacientes com úlceras gástricas ou duodenais e da maioria dos pacientes com gastrites e câncer do estômago.
FORMA DE TRANSMISSÃO
Não se sabe ao certo como se adquire o H. pylori. Alguns estudos revelam uma forma de transmissão oro-fecal, isto é por agua e alimentos contaminados. Sabe-se que quanto piores as condições sanitárias de um lugar maior a prevalência da infecção entre seus habitantes.
OS SINTOMAS
A maioria dos portadores é assintomática, mas alguns podem apresentar dor no estômago, naúseas e empachamento.
COMO DIAGNOSTICAR
A presença da bactéria pode ser pesquisada através de biópsia do estômago durante uma endoscopia digestiva, por um exame de sangue chamado teste sorológico ou através da análise de gases pela respiração, o que chamamos de teste respiratório. A utilização de um ou outro método de pesquisa vai depender da análise do seu gastroenterologista
O TRATAMENTO
Utiliza-se uma combinação de antibióticos associada a uma droga inibidora da secreção ácida do estômago, por um período que varia de 7 a 14 dias. A eficácia do tratamento é cerca de 90% e alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais leves e autolimitados como tonturas, naúseas, dor no estômago e diarréia
TRATANDO O H. PYLORI, PREVENIMOS O CÂNCER DO ESTÔMAGO
O câncer do estômago é hoje o 2o tipo de câncer que mais mata em nosso meio, e sabe-se que ele é decorrente de uma associação de fatores, dos quais a infecção pelo H. pylori é o principal. A bactéria pode destruir as células que produzem o ácido clorídrico, estabelecendo uma lesão chamada gastrite atrófica que tem um risco reconhecido de transformação para câncer. As formas mais efetivas de preveni-lo seriam uma dieta rica em frutas e legumes frescos, a redução da ingestão de alimentos defumados e com conservantes, diminuição da ingestão de álcool, abolição do tabagismo e o tratamento do H. pylori quando presente, principalmente, em parentes próximos de portadores de câncer gástrico.